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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

INTRODUÇÃO


COMO CRIAR FRANGO PARA CORTE

INTRODUÇÃO

Hoje em dia podemos notar que é muito grande a eficiência na produção de frangos de corte em todo o país e cada vez mais temos conseguido explorar o máximo de potencial produtivo, proporcionado pelo desenvolvimento genético das linhagens atuais.
Entretanto, pequenas alterações no processo produtivo podem significar perdas nos resultados zootécnicos e conseqüentemente ocasionar perdas econômicas significativas ao produtor.
Devemos então estar atentos durante todas as fases de criação dos frangos até que este seja levado ao abate. Contudo atenção especial deverá ser dada a fase inicial, visto que, as duas primeiras semanas de vida, do frango de corte, são fundamentais para o bom desenvolvimento do lote e para assegurar os bons resultados zootécnicos e econômicos da criação.
Pensando nisso gostaríamos de chamar a atenção para alguns fatores que são fundamentais na criação e que muitas vezes são deixados de lado ocasionando grandes perdas de resultados.
Logo que chega do incubatório o pintinho tem como primeiro contato o aviário e o avicultor, se neste momento o animal não tiver uma qualidade no seu recebimento ou se as condições encontradas não forem adequadas, poderá ter afetado, negativamente, todo o seu desenvolvimento e conseqüentemente seus resultados zootécnicos e econômicos.
Portanto, todas as condições para assegurar o bom desempenho deverão ser, neste momento, cuidadosamente consideradas e, dentre essas condições podemos destacar como as mais importantes, os fatores relacionados à limpeza das instalações, sanidade, biossegurança, nutrição, fatores ambientais (como: temperatura, umidade e qualidade da cama ) e ainda o manejo inicial do lote.
É muito importante salientar que mesmo que se receba um pintinho da melhor qualidade não teremos resultados positivos se algum desses fatores não for considerado ou não estiver em conformidade com as necessidades dos animais.
Particularmente gostaria de chamar a atenção para dois desses fatores, que assim como os outros, são considerados da maior importância para o desenvolvimento do pintinho.
O primeiro se refere à alimentação das aves nas primeiras semanas de vida. É fundamental que logo no alojamento o pintinho já tenha contato com a água de boa qualidade, para garantir suas necessidades hídricas e evitar a desidratação, principalmente se a distância entre o incubatório e o galpão de alojamento for muito grande ou ainda se a temperatura ambiente estiver muito alta.
Além da água, a ração também deverá estar presente logo no primeiro momento e ser de excelente valor nutricional, para assegurar o máximo de desempenho e a maior uniformidade possível nas primeiras semanas de vida do pintinho. Dietas especiais para a fase pré-inicial, podem ser neste momento utilizadas e podem nos ajudar a conseguir o máximo desempenho esperado na primeira semana de vida do frango de corte.
O segundo fator a ser considerado está relacionado com a temperatura ambiente na chegada do pintinho e a qualidade do aquecimento que os animais recebem durante as primeiras semanas de vida. Devemos preparar as instalações anteriormente à chegada do lote de pintinhos para assegurar o aquecimento do ambiente até a temperatura ideal requerida pelos animais. Atenção especial deverá ser dada principalmente nos meses mais frios do ano, pois temos freqüentemente falhas de aquecimento com conseqüente deficiência na temperatura ideal à requerida pela ave. A deficiência na temperatura na maioria das vezes proporciona menor peso na primeira semana o que afeta a uniformidade do lote comprometendo significativamente todo o resultado zootécnico.
Temos que estar atentos ao uso dos aquecedores bem como à quantidade ideal de campânulas e à regulagem do aquecimento do ambiente, para não proporcionarmos um ambiente nem mais frio nem mais quente do que aquele requerido pelo pintinho nas primeiras semanas de vida, pois ambos os casos resultam em problemas de desempenho e qualidade do lote.
Em suma, importância maior deverá ser dada a todos os detalhes no preparo das instalações anteriormente a chegada do pintinho. E logo após a sua chegada, controlarmos todos os fatores que diretamente podem assegurar o bom, ou ocasionar o mal resultado zootécnico do lote, principalmente nas primeiras semanas de vida da ave.
Lembre-se, a fase inicial do frango de corte é seguramente onde devemos ter a maior atenção a todos detalhes, pois eles podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso econômico na criação desta espécie animal.
O presente sistema de produção está direcionado para a criação de frangos de corte confinado em aviários não climatizados. O sistema foi desenvolvido visando sua utilização em aviários a partir de 50 metros até 100 metros de comprimento e 10 a 12 metros de largura, podendo alojar em torno de 12 frangos/m2. Todavia é possível sua utilização em aviários menores. A densidade de alojamento pode variar de acordo com a estação do ano, clima da região, condições de ambiência interna do aviário e idade do abate.

A produção de frangos deve respeitar os princípios de biosseguridade entre os quais a prática de alojamento “todos dentro todos fora” (all-in all-out), em que as instalações são ocupadas por aves do mesmo lote no momento do alojamento e desocupada totalmente no momento do abate. Essa prática permite a higienização do aviário e o respectivo vazio que deve antecipar a entrada do próximo lote. Nesse período se recomenda ainda a recuperação das instalações e dos equipamentos. Se as recomendações sugeridas forem aplicadas é possível em sistema misto de criação(macho + fêmeas), obter frangos aos 42 dias de idade com peso vivo de 2.400g, conversão alimentar de 1,82 e índice médio de eficiência produtiva de 300. Muitos conceitos definidos neste material podem ser utilizados em outros sistemas de produção de aves, mas apresentam peculiaridades que merecem e devem ser tratados separadamente.



INSTALAÇÕES



Localização das edificações

A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos construtivos, de conforto térmico e sanitários. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. O aviário deve ser situado em relação à principal direção do vento se este provir do sul ou do norte. Caso isso não ocorra, a localização do aviário para diminuir os efeitos da radiação solar no interior do aviário prevalece sobre a direção do vento dominante. A direção dos ventos dominantes e as brisas devem ser levadas em consideração para aproveitar as vantagens do efeito de resfriamento no trópico úmido. Escolher o local com declividade suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação.

No entanto, os ventos dominantes locais, devem ser levados em conta, principalmente no período de inverno, devendo-se prever barreiras naturais. É recomendável dentro do possível, que sejam situados em locais de topografia plana ou levemente ondulada, onde não seja necessário serviços de terraplanagem excessiva e construções de muros de contenção. Contudo é interessante observar o comportamento da corrente de ar, por entre vales e planícies, nesses locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar danos nas construções. O afastamento entre aviários, deve ser suficiente para que uns não atuem como barreira à ventilação natural aos outros. Assim, recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da construção, entre os dois primeiros aviários a barlavento, sendo que do segundo aviário em diante o afastamento deverá ser de 20 à 25 vezes esta altura, como representado na Figura 1.


 
  
Figura 1. Esquema da distância mínima entre aviários.


A granja deve estar instalada em local tranqüilo, circunscrita por cercas de segurança para evitar o livre acesso. Deve estar rodeada por árvores não frutíferas as quais servem de barreira de proteção às dependências do aviário.
    
Na Instrução Normativa n.º 04 do MAPA, estão citadas as distâncias mínimas a serem respeitadas para a localização das granjas produtoras de frangos de corte (denominadas de estabelecimentos avícolas de controle eventual). A recomendação da distância mínima entre granjas é de 2.000 metros. A distância recomendada entre um aviário e outro é de no mínimo 100 metros e entre o aviário e um abatedouro, de 5.000 metros. A critério do médico veterinário oficial, responsável pela produção, essas distâncias mínimas podem ser alteradas em função da topografia e da existência de barreiras naturais, tais como reflorestamentos e matas naturais nas proximidades da granja.

    
Na construção do aviário deve ser observado que as superfícies interiores dos galpões permitam limpeza e desinfecção adequadas e que as aberturas como calhas e lanternins sejam providas de telas para evitar o acesso de outros animais como pássaros, animais silvestres e roedores.

    
Instalar a portaria junto à cerca que contorna a granja, em uma posição que permita controlar a circulação de pessoas e veículos, assim como o embarque dos animais. Utilizar a portaria como único local de acesso de pessoas à granja. Junto à portaria deve ser instalado o escritório para controlar todos os dados gerados na granja que servirá para dar suporte administrativo. Nesse local deve existir pelo menos um banheiro para a higiene e troca de roupas da(s) pessoa(s) que entrar(em) na granja.



 
Orientação
    
O sol não é imprescindível à avicultura. Se possível, o melhor é evitá-lo dentro dos aviários. Assim, devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-oeste Figura 2. Nessa posição nas horas mais quentes do dia a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pelo aviário será a menor possível. Por mais que se oriente adequadamente o aviário em relação ao sol, haverá incidência direta de radiação solar em seu interior em algumas horas do dia na face norte, no período de inverno. Providenciar nesta face dispositivos para evitar este fato.

    

Figura 2. Orientação do aviário em relação à trajetória do sol.

Largura do aviário, Pé direito, comprimento e piso

A grande influência da largura do aviário é no acondicionamento térmico interior, bem como em seu custo. A largura do aviário está relacionada com o clima da região onde o mesmo será construído. Normalmente recomenda-se largura até 10m para clima quente e úmido e largura de 10 até 14m para clima quente e seco A largura de 12m tem sido utilizada com freqüência e se mostrado adequada para o custo estrutural, possibilitando bom acondicionamento térmico natural, desde que associada à presença do lanternim e altura do pé-direito adequadamente dimensionados. O pé direito do aviário pode ser estabelecido em função da largura adotada, de forma que os dois parâmetros em conjunto favoreçam a ventilação natural no interior do aviário com acondicionamento térmico natural. Quanto mais largo for o aviário, maior será a sua altura (Tabela 1). Em regiões onde existe incidência de ventos fortes, aviários com pé-direito acima de 3m, exigem estrutura reforçada. Em regiões onde exista disponibilidade de madeira e que esta não seja atacada por cupins é mais recomendável a utilização de telhas de barro com pé-direito de 3m. O pé direito do aviário é elemento importante para favorecer a ventilação e reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre as aves. Estando as aves mais distantes da superfície inferior do material de cobertura, receberão menor quantidade de energia radiante, por unidade de superfície do corpo, sob condições normais de radiação. Desta forma, quanto maior o pé direito da instalação, menor é a carga térmica recebida pelas aves.
     
O pé direito do aviário pode ser estabelecido em função da largura adotada, de forma que os dois parâmetros em conjunto favoreçam a ventilação natural no interior do aviário com acondicionamento térmico natural (Tabela 3). Quanto mais largo for o aviário, maior será a sua altura.

Tabela 3. Determinação do pé direito em função da largura adotada para o aviário
Largura do Aviário (m)                  
Pé direto mínimo em climas quentes (m)
   até 8
    2,80
   8 a 9
    3,15
   9 a 10
    3,50
 10 a 12
    4,20
 12 a 14
    4,90


O comprimento do aviário deve ser estabelecido para se evitar problemas com terraplanagem, comedouros e bebedouros automáticos. Não deve ultrapassar 200m. Na prática os comprimentos de 100 à 125m têm-se mostrados satisfatórios ao manejo das aves, porém é aconselhado divisórias internas ao longo do aviário em lotes de até 2.000 aves para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. Estas divisórias devem ser removíveis, e de tela, para não impedir a ventilação e com altura de 50cm, para facilitar o deslocamento do avicultor. O piso é importante para proteger o interior do aviário contra a entrada de umidade e facilitar o manejo. Este deve ser de material lavável, impermeável, não liso com espessura de 6 a 8cm de concreto no traço 1:4:8 (cimento, areia e brita) ou 1:10 (cimento e cascalho), revestido com 2cm de espessura de argamassa 1:4 (cimento e areia). Pode ser construído em tijolo deitado que apresenta boas condições de isolamento térmico. O piso de chão batido, não isola bem a umidade e é de difícil limpeza e desinfecção, no entanto , tem-se propagado por diminuir o custo de instalação do aviário. Deverá ter inclinação transversal de 2% do centro para as extremidades do aviário e estar a pelo menos 20cm acima do chão adjacente e sem ralos, pois permite a entrada de pequenos roedores e insetos indesejáveis.

Comprimento

O comprimento do aviário deve ser estabelecido para se evitar problemas com terraplanagem, comedouros e bebedouros automáticos. Não deve ultrapassar 200m. Na prática os comprimentos de 100 à 125m têm-se mostrados satisfatórios ao manejo das aves, porém é aconselhado divisórias internas ao longo do aviário em lotes de até 2.000 aves para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. Estas divisórias devem ser removíveis, e de tela, para não impedir a ventilação e com altura de 50cm, para facilitar o deslocamento do avicultor.

Fechamentos
   
A parede protege os frangos de vários fluxos de energia radiante mas também reduz a movimentação do ar. A altura da mureta deve ser de 20cm tem se mostrado satisfatória por permitir a entrada de ar ao nível das aves e não permitir a entrada de água da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do aviário. As muretas deverão ter a parte superior chanfrada, pois facilita a limpeza e não permite o empoleiramento de aves. Entre a mureta e o telhado, deve ser colocado tela. A tela tem a finalidade de proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros, que além de trazerem enfermidades poderão consumir ração das aves. A malha da tela deve ser de 2,5 cm, fio 16. Tem-se tido boa aceitação das telas de PVC (plástico) por não enferrujarem, não provocarem rasgos nas cortinas, terem maior durabilidade e possibilidade de reaproveitamento. Os oitões ou paredes das extremidades do aviário devem ser fechados até o teto. Para climas quentes, que não possuem correntes de ventos provindas do sul, recomenda-se que os oitões sejam de tela como nas laterais e providos de cortinas. Os oitões devem ser protegidos do sol nascente e poente, pintando as paredes com cores claras, sombreando-os por meio de vegetação, beirais ou sombrites. Dependendo da região, os oitões podem ser de madeira, telhas onduladas, fibra de vidro, lâminas de isopor ou alvenaria. O oitão do lado leste pode ser de 15cm de espessura, sendo o do lado oeste de 25cm, em material com menor condutividade térmica, como, por exemplo, o tijolo cerâmico ou mesmo a madeira.

Instalar cortinas nas laterais, pelo lado de fora, para evitar penetração de sol, chuva e controlar a ventilação no interior do aviário. As cortinas poderão ser de plástico especial trançado, lona ou PVC, confeccionadas em fibras diversas, porosas para permitirem a troca gasosa com o exterior, funcionando apenas como quebra-vento, sem capacidade de isolamento térmico. Devem ser fixadas para possibilitar ventilação diferenciada para condição de inverno e verão. Para atender ambas situações é ideal que seja fixada a dois terços da altura do pé-direito e que seja aberta das extremidades para o ponto de fixação. Sob condições de inverno esta deve ser aberta de cima para baixo e em condições de verão, de baixo para cima. Para se obter maior eficiência da ventilação natural devido ao termosifão e ao vento, deve-se abrir as duas partes, juntando-as na altura da fixação. Nos primeiros dias de vida, recomenda-se o uso de sobrecortinas em regiões frias, para auxiliar a cortina propriamente dita, evitando a entrada de correntes de ar no aviário. A sobrecortina deve ser fixada na parte interna do aviário, de tal forma que se sobreponha a tela, evitando a entrada de correntes de ar. O aviário deverá ter portas nas extremidades para facilitar, ao avicultor, o fluxo interno e as práticas de manejo. Estas devem ter pedilúvio fixo, que ultrapasse a largura das portas em 40cm de cada lado, largura de 1m e profundidade de 5 a 10cm. Para facilitar o carregamento de aves, a carga nova e a descarga de cama velha é conveniente também a instalação de 1 porta em cada extremidade do aviário, que permita a entrada de 1 veículo ou trator.

Cobertura

O telhado recebe a radiação do sol emitindo-a, tanto para cima, como para o interior do aviário. Nas regiões tropicais a intensidade de radiação é alta em quase todo o ano, e é comum verificar desconforto das aves devido ao calor mesmo durante épocas mais frescas do ano, devido à grande emissão de radiação do telhado para o interior do aviário. O mais recomendável é escolher para o telhado, material com grande resistência térmica, como o sapé ou a telha cerâmica. Contudo, por comodidade e economia é comum o emprego de telhas de cimento amianto, que é material de baixo conforto para as aves. O telhado pode ser de telhas de cimento amianto, que são de fácil colocação e necessitam de menor madeiramento, desde que recebam material para melhorar a sua eficiência térmica como, isolantes, pinturas refletoras, aspersão no telhado. Para regiões quentes, utilizar telhas com isolamento térmico, como o poliuretano, telhas cerâmicas ou telhas de fibrocimento pintadas com tinta acrílica branca. Em termos de conforto térmico a telha de cerâmica ainda é a mais indicada.
   
Devem ser evitadas as telhas de alumínio ou zinco, devido ao barulho provocado durante o período chuvoso. Também deve-se evitar as telhas de cimento amianto com 4mm de espessura, pois fornecem menor conforto para as aves.
   
O material ideal para a cobertura deve ter alta refletividade solar e alta emissividade térmica na superfície superior e baixa refletividade solar e emissividade térmica na superfície inferior.

Inclinação do telhado
 
A inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental no interior do aviário, através da mudança do coeficiente de forma correspondente as trocas de calor por radiação entre o animal e o telhado, e modificando a altura entre as aberturas de entrada e saída de ar (lanternim). Quanto maior a inclinação do telhado, maior será a ventilação natural devido ao termossifão. Inclinações entre 20 e 30º têm sido consideradas adequadas, para atender as condições estruturais e térmicas.

Lanternim
 
O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é indispensável para se conseguir adequada ventilação, pois, permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão resultando em ambiente confortável. Deve ser em duas águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve permitir abertura mínima de 10% da largura do aviário, com sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura do aviário ou 40cm no mínimo (Figura 3). Deve ser equipado, com sistema que permita fácil fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros.




Figura 3. Esquema para determinação das dimensões do lanternim.

Circunvizinhança 

A qualidade das vizinhanças afeta a radiosidade (quantidade de energia radiante levada pela superfície por unidade de tempo e por unidade de área - emitida, refletida, transmitida e combinada). É comum instalar gramados em toda a área delimitada aos aviários pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos. O gramado deverá ser de crescimento rápido que feche bem o solo não permitindo a propagação de plantas invasoras. Deverá ser constantemente aparado para evitar a proliferação de insetos. São necessários 5m de largura para trânsito de veículos no abastecimento de ração e carregamento de aves, na lateral das edificações e portanto no planejamento e terraplanagem, essa largura deve ser adicionada. 
Sombreiro
O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações, devido à projeção de sombra sobre o telhado Figura 4. Para as regiões onde o inverno é mais intenso as árvores devem ser caducifólias. Assim, durante o inverno as folhas caem permitindo o aquecimento da cobertura e no verão a copa das árvores torna-se compacta sombreando a cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o interior do aviário. Para regiões onde a amplitude térmica entre as estações do ano não é acentuada e a radiação solar constitui em elevado incremento de calor para o interior do galpão o ano todo, as árvores não precisam ser necessariamente caducifólias. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste do aviário e mantidas desgalhadas na região do tronco, preservando a copa superior. Desta forma a ventilação natural não fica prejudicada. Fazer verificação constante das calhas para evitar entupimento com folhas.





 



Figura 4. Uso de árvores como sombreiro.

Ventilação
   
A ventilação é um meio eficiente de redução da temperatura dentro das instalações avícolas, por aumentar as trocas térmicas por convecção, conduzindo a um aumento da produção. Desvios das situações ideais de conforto, caracterizam no surgimento de desempenho baixo do lote, em conseqüência de estresses e necessita-se portanto de artíficios estruturais para manter o equilíbrio térmico entre a ave e o meio. A ventilação adequada se faz necessária também; para eliminação do excesso de umidade do ambiente e da cama, proveniente da água liberada pela respiração das aves e da água contida nas fezes; para permitir a renovação do ar regulando o nível de oxigênio necessário às aves, eliminando gás carbônico e gases de fermentação.

   Tipos de Ventilação
A renovação do ar de um ambiente pode ser classificada como:
  • Ventilação Natural ou espontânea
    • Ventilação dinâmica
    • Ventilação térmica
  • Ventilação Artificial, mecânica ou forçada
    • Pressão positiva (Pressurização)
    • Pressão negativa (Exaustão)
A quantidade de ar que o sistema de ventilação deve introduzir ou retirar do aviário depende das condições meteorológicas e da idade das aves. As necessidades de ar em função da temperatura ambiente e da idade das aves são apresentadas na Tabela 2 e as necessidades de ventilação em função do tipo de ave para inverno e verão são apresentadas na Tabela 3.

Tabela 2. Necessidades de ar em função da temperatura e da idade das aves (litros/ave/minuto).
Temperatura
(oC)
 Idade (semanas)
1
3
5
7
4,4
6,8
19,8
34,0
53,8
10,0
8,5
22,7
45,3
65,1
15,6
10,2
28,3
53,8
79,3
21,1
11,9
34,0
62,3
93,4
26,7
13,6
36,8
70,8
104,8
32,2
15,3
42,5
79,3
118,9
37,8
17,0
48,1
87,8
133,1
43,3
18,7
51,0
96,3
144,4

Tabela 3. Necessidades de ventilação, em m3/hora/quilo de carne.
Idade
(dias)
Peso
(g)
Mínima
inverno
Máxima
verão
Máxima verão
Umidade > 50%
7
160
0,5
2
2
14
380
0,6
2
2
21
700
0,7
3
3
28
1070
0,9
4
4
35
1500
1,0
5
6
42
1920
1,5
6
8
49
2350
1,5
6
8



Ventilação natural ou espontânea

É o movimento normal do ar que pode ocorrer por diferenças, de pressão causadas pela ação do vento (Ventilação dinâmica) ou de temperatura (Ventilação térmica) entre dois meios considerados.
     
A causa do vento é a diferença de pressão atmosférica ao nível do solo, que por sua vez é conseqüência da variação de temperatura. A ventilação natural permite alterações e controle da pureza do ar, provendo o galpão de oxigênio, eliminando amônia, CO2 e outros gases nocivos, excesso de umidade e odores (ventilação com finalidade higiênica), possibilitando também, dentro de certos limites, controlar a temperatura e a umidade do ar nos ambientes habitados (ventilação com finalidade térmica), de tal forma que o ar expelido, quente e úmido, seja substituído e assim aumente a perda calorífica por convecção. 

Ventilação Dinâmica

O ar flui sempre de um ponto de alta pressão para um ponto de baixa pressão. Isso significa que a velocidade do ar em uma instalação é sempre maior nas aberturas do lado do barlavento que do sotavento. A ação dos ventos, embora intermitente, ocasiona o escalonamento das pressões no sentido horizontal (Fig. 5). Quando uma corrente de ar perde velocidade a pressão sobe. Quanto maior a diferença de pressão maior será a velocidade do ar. Se uma corrente de ar perde velocidade a pressão sobe.









Figura 5. Escalonamento de pressão no sentido horizontal.



A ventilação dinâmica é intensificada por meio de aberturas, dispostas convenientemente em paredes opostas e na direção dos ventos dominantes.
A taxa em que a ventilação natural ocorre depende da velocidade do vento e de sua direção, da proximidade e das dimensões de obstáculos, como montanhas ou construções, da forma e localização das aberturas de entrada e saída do ar.
Quando o vento incide contra o aviário, podem ser formadas áreas distintas de pressão positiva e de pressão negativa (Figura 6). A pressão positiva maior que a pressão atmosférica normal, caracteriza o impulsionamento da massa de ar contra o aviário e a negativa, a atração da massa de ar. Como o ar se desloca desde pontos de maior aos de menor pressão, se existirem aberturas no aviário, a pressão positiva forçará a massa de ar a entrar pelas aberturas e a negativa a sair (Figura 7). Nada adianta ter aberturas em um mesmo plano já que as pressões, sendo iguais, não provocam a circulação do ar (Figura 8). Isto significa que para ter ventilação verdadeiramente efetiva as aberturas devem estar em paredes opostas. Este tipo de ventilação natural é conhecida como “ventilação cruzada”. Com a ventilação natural no aviário, mediante abertura da cumeeira e aberturas laterais, o ar flui do ponto de alta pressão para o ponto de baixa pressão. Se a pressão negativa na cumeeira é maior que a pressão negativa no lado do sotavento, o ar flui desse último a cumeeira aberta (Figura 9).





Figura 6. Deslocamento da massa de ar através dos planos de pressão
positiva e negativa.




Figura 7. Deslocamento da massa de ar através de aberturas (ventilação cruzada).





Figura 8. Ventilação não eficaz.





Figura 9. Fluxo de ar mediante cumeeira e laterais abertas.

Ventilação térmica    

Na ventilação térmica, as diferenças de temperatura provocam variações de densidade do ar no interior dos aviários, que causam por efeito de tiragem ou termossifão, diferenças de pressão que se escalonam no sentido vertical. Essa diferença de pressão é função da diferença de temperatura do ar entre o interior do aviário e o exterior, do tamanho das aberturas de entrada e saída do ar pelo lanternim e, por fim, da diferença de nível entre essas aberturas. Esse efeito é também denominado de “efeito chaminé” e considerando uma cobertura de aviário, naturalmente ventilada, esse efeito existe independentemente da velocidade do ar externo (Figura 10).
   
O plano onde a pressão estática se anula é denominado de plano neutro e é definido como sendo a altura (H) em que não há diferença de pressão entre o interior e o exterior da instalação. Esse está localizado a uma altura em que a pressão estática anula-se.
    
Se o aviário dispuser de aberturas próximo ao piso e no telhado e se o ar do interior estiver a uma temperatura mais elevada que o ar do exterior, o ar mais quente, menos denso, tenderá a escapar pelas aberturas superiores. Ao mesmo tempo, o ar do exterior, mais frio, e por isso mais denso, penetra pelas aberturas inferiores, causando fluxo constante no interior do aviário.
   
Pode ocorrer ação conjunta do efeito chaminé e dos ventos em uma construção.
Outro modo eficiente de reduzir a carga térmica em épocas quentes é a ventilação do ático, colchão de ar que se forma entre a cobertura e o forro (Figura 11). Essa técnica consiste em direcionar o fluxo de ar para o lanternim, por meio de aberturas feitas ao longo do beiral da construção.
   
A técnica de acrescentar aberturas na cobertura é indicada mesmo que exista forro. Nesse caso, é necessário distribuir, de forma adequada, algumas aberturas no forro.

É fundamental que haja diferença de nível entre as aberturas de entrada e de saída do ar e devem estar localizadas em paredes opostas, para que a ventilação seja eficiente. Obstáculos no interior da construção ou qualquer saliência na fachada alteram a direção do filete de ar (Figura 12).
   
Abrindo-se as cortinas do aviário pode passar rapidamente um grande volume de ar exterior que se mistura com as condições do ar interno tendendo a igualar com as condições exteriores. Portanto, a ventilação por cortinas é ideal quando a temperatura externa é perto das exigências das aves. A melhor ocasião para se usar a ventilação por meio de cortinas é quando a temperatura externa é igual ou inferior à do aviário. Quanto maior for esse gradiente de temperatura mais eficiente será a perda de calor por convecção.


Ventilação térmica - Figuras



 Figura 10. Detalhes dos elementos de ventilação natural, do plano neutro e do diagrama de pressão estática.
   
 



Figura 11. Ventilação do ático.




Figura 12. Trajetórias do fluxo de ar com aberturas em planos opostos. 
Quebra-ventos
São dispositivos naturais ou artificiais, destinados a deter ou, pelo menos, diminuir a ação dos ventos fortes sobre os aviários. Podem ser definidos, ainda, como estruturas perpendiculares aos ventos dominantes, cujas funções são diminuir a velocidade e reduzir os danos por ele provocados. Em sua maioria são naturais, constituídos por renques de vegetação; agem de forma semelhante à apresentada nas Figuras 13, 14, 15 e 16.





Figura 13. Posicionamento do aviário em relação à direção do vento dominante. 


  Figura 14. Obstáculo à movimentação do ar no aviário 


   
 Figura 15. Dispositivos para desviar a direção do vento
Em regiões de ventos fortes torna-se necessário o uso de quebra-ventos. Quebra-ventos são barreiras contra ventos fortes e são projetados para reduzir a velocidade do ar do lado do sotavento (Figura 17). Quando bem projetado, protege à distância de até 10 vezes a sua altura. Assim, a altura deste é determinada para a distância do sotavento, a qual a proteção é projetada. Quebra-ventos de árvores têm sido preferidos mas a desvantagem é que levam anos para crescerem antes de serem utilizados como quebra-ventos. A porosidade de árvores caducas no inverno é de 50 a 70% (muitos poros para um bom quebra-vento). 







Figura 16. Desvio do fluxo de ar por meio de quebra-ventos naturais. 




Figura 17. Composição de quebra-ventos de árvores. Maiores alturas requerem espécies de vegetação intermediárias para formar um bom quebra-vento.
Ventilação de verão e inverno
Extrair do aviário o calor, principalmente em dias quentes é em geral, a primeira providência a ser tomada, uma vez que as aves já se encontram empenadas. Quando a temperatura ambiente é superior a ótima, correspondente à da zona de conforto, é necessário aumentar a taxa de ventilação a fim de eliminar o calor produzido pelas aves, para evitar uma temperatura excessiva dentro da instalação. A ventilação desses ambientes pode promover melhorias nas condições termo-higrométricas, podendo representar um fator de melhora do conforto térmico de verão ao incrementar trocas de calor por convecção. Para as condições do clima tropical brasileiro a ventilação de verão necessária para aviários deve atender conjuntamente as exigências térmicas e higiênicas que vão se refletir na localização da construção, área e forma de abrir dos dispositivos (aberturas e posição das cortinas protetoras dos galpões). No verão a massa de ar se movimentará por todo o espaço inferior e superior, exercendo uma influência direta sobre o conforto e simultaneamente eliminando parte do calor acumulado em paredes laterais, piso, teto e equipamentos de alimentação, etc. Pode ser necessário uma renovação total do ar a cada minuto. Em pleno verão, o sistema de ventilação poderá estar funcionando 100% do tempo durante o período do dia e boa parte da noite. Em tais condições, melhores resultados são obtidos colocando-se as entradas de ar ao nível das aves e forçando um fluxo de ar rápido, relativamente fresco entre essas, para facilitar a extração direta do calor corporal.
   
Em períodos de inverno, necessita-se um ritmo de renovações mais lenta, especialmente para aves jovens. Não obstante, durante o período frio, é necessário introduzir ar fresco no aviário para repor oxigênio, assim como extrair amoníaco e umidade. O fluxo de ar deve se deslocar naturalmente pela zona superior do aviário, para evitar o efeito direto sobre os animais, de maneira que o ar fresco externo se misture com o ar interno mais quente antes de alcançar as aves. O objetivo é então estabelecer no aviário um fluxo lento de ar, evitando toda corrente fria ou muito rápida em contato com as aves. O que importa é a diferença entre a temperatura exterior e a que necessitam as aves, não a que percebe uma pessoa no aviário. As aves mais jovens requerem ambiente mais aquecido, produzem menos amoníaco e consomem menos oxigênio que aves maiores. A quantidade de ar a renovar no inverno por razão higiênica é pequena, sendo necessárias apenas superfícies reduzidas de entrada e saída; é importante que o fluxo de ar não incida diretamente sobre as aves. O problema da ventilação por cortinas durante período frio, é que o ar admitido por pequenas aberturas entra com pouca velocidade e em seguida desce ao nível do solo esfriando o ambiente ao nível das aves causando condensação, com conseguinte umedecimento da cama. Isso ocorre porque o ar frio é mais pesado que o ar quente e a tendência é abaixar e não subir. Ao mesmo tempo, o ar quente que se encontra mais acima acarreta diferença de temperatura no local, causando maior tensão nas aves.
     
Na figura 18 se observa que o fechamento inferior CD é menor do que o superior AB, significando que o filete de ar que escorrega pela borda B tem uma força superior ao que entra por C, imprimindo ao ar uma direção descendente. Se não existisse essa pequena saliência da cobertura que detém em parte o escape do ar para cima, e o trecho AB não fosse bastante maior que CD, o fluxo poderia adquirir outra direção. A figura 19 representa o caso inverso onde o ar circula principalmente pela parte superior.

Ventilação de verão e inverno - Figuras



Figura 18. Fluxo de ar devido a diferentes localizações da entrada e saída de ar. 


Figura 19. Deslocamento do fluxo de ar para a parte superior do aviário.       Ventilação artificial, mecânica ou forçada
A ventilação artificial é produzida por equipamentos especiais como exaustores e ventiladores. É utilizada sempre que as condições naturais de ventilação não proporcionam adequada movimentação do ar ou abaixamento de temperatura. Tem a vantagem de permitir, filtragem, distribuição uniforme e suficiente do ar no aviário e ser independente das condições atmosféricas. Permite fácil controle da taxa de ventilação através do dimensionamento dos ventiladores, das entradas e saídas de ar.
Existem duas formas de se promover artificialmente a movimentação do ar:

  •   sistema de pressão negativa ou exaustão;
  •   sistema de pressão positiva ou pressurização.
Tanto no sistema de ventilação, por pressão negativa quanto por pressão positiva, atenção deve ser dada à pressão, que poderá determinar o sucesso ou o insucesso do sistema. A pressão está relacionada diretamente com a vazão e não com a velocidade. Dessa forma, é importante o conhecimento de quanto de ar realmente se precisa. É comum encontrar em um aviário zonas de pressão de baixa movimentação de ar, seja por pressão negativa ou positiva. Um dos fatores mais freqüentes para essa ocorrência é o mau dimensionamento e posicionamento dos equipamentos de ventilação.



Sistema de pressão negativa ou exaustão

Neste processo o ar é forçado por meio de ventiladores (exaustores) de dentro para fora, criando um vácuo parcial dentro da instalação Figura 20. Cria uma diferença de pressão do ar do lado de dentro e do lado de fora e o ar sai por meio de aberturas.





 Figura 20. Sistema de ventilação por pressão negativa. O ventilador aspira o ar do interior do aviário criando um vácuo parcial.

No sistema de ventilação por exaustão, os ventiladores são posicionados no sentido longitudinal ou transversal, voltados para fora em uma das extremidades do aviário e na outra extremidade, são dispostas aberturas para entrada do ar (Figura 21). Com o sistema em funcionamento os ventiladores são acionados, succionando o ar de uma extremidade à outra do aviário. Os exaustores são dimensionados para possibilitar a renovação de ar do aviário a cada minuto e à velocidade de 2 a 2,5 m/s. A eficiência desse processo depende de uma boa vedação do aviário, evitando perdas de ar. 


Figura 21. Sistema de ventilação mecânica por exaustão. 

Sistema de pressão positiva ou pressurização
O ar é forçado por meio de ventiladores de fora para dentro. O gradiente de pressão do ar é de fora para dentro da instalação. O ar entra por meio de aberturas (Figura 22).



Figura 22. Sistema de ventilação por pressão positiva. O ventilador insufla ar para dentro do aviário.

Ambos sistemas constituem de ventiladores, sistema de distribuição de ar e controles.

No sistema de ventilação mecânica positiva, os ventiladores são dispostos no sentido longitudinal ou transversal, voltados para o interior do aviário possuindo duas formas distintas: com fluxo de ar transversal com as cortinas do aviário abertas ou fluxo de ar longitudinal com cortinas do aviário podendo estarem abertas ou fechadas. Quando as cortinas se encontram fechadas esse tipo de ventilação é também conhecido como sistema de ventilação tipo túnel.
   
No sistema de fluxo de ar transversal, os ventiladores são posicionados em uma das laterais do aviário, no sentido dos ventos dominantes, ligeiramente inclinados para baixo. Dessa forma o ar é forçado lateralmente de fora para dentro do aviário saindo pela outra lateral (Figura 23). Nesse sistema, como descrito, as cortinas laterais permanecem sempre abertas. Por ser aberto o aviário, o fluxo de ar fica de difícil controle devido a interferência da ventilação natural que varia de intensidade e direção prejudicando o sistema.

Figura 23. Sistema de ventilação positiva, transversal.

A outra forma de realizar a ventilação mecânica por pressão positiva é posicionando os ventiladores no sentido longitudinal do aviário. Nesse processo as cortinas laterais do aviário permanecem fechadas e bem vedadas para tornar a ventilação tipo túnel eficiente. O ar entra por uma das extremidades do aviário é carreado pelos ventiladores, que são posicionados ao longo do comprimento, e pressionado a sair pela extremidade oposta que permanece aberta (Figura 24). Nesse sistema o controle da ventilação é mais fácil porque não sofre tanta influência da ventilação natural, como no sistema anterior.

Figura 24. Sistema de ventilação positiva, longitudinal (ventilação tipo túnel).